“A febre revolucionária é uma doença terrível (Nicolas Ruault)
Max Gallo conseguiu uma proeza em 2009. Colocar seu livro Revolução Francesa, divido em dois volumes, “O povo e o rei” e “Às armas, cidadãos”, em primeiro lugar na lista dos bestsellers parisienses, disputando posições com Stephenie Meyer (Eclipse), J. K. Rowling (Harry Potter), William Young (A Cabana) e, ça va sans dire, Amelie Nothomb, Paulo Coelho e outros blockbusters franceses e internacionais.
Foram milhares os livros escritos sobre a grande revolução que mudou o mundo. Por que, de repente, esta história que foi contada exaustivamente durante mais de 200 anos volta às paradas de sucesso?
Porque Revolução Francesa de Max Gallo é um livro excepcional.
Ele consegue de forma mágica transformar um evento histórico numa grande saga humana. Os personagens têm sangue nas veias. Como num romance ele faz com que o leitor viva o drama das ideias e das paixões em conflito. O heroísmo e a traição. A busca por liberdade a qualquer preço.
A nobreza e o rei Luis XVI de um lado, e do outro os libertários Robespierre, conhecido como o “Incorruptível”, Marat, Danton e dezenas de deputados radicais que implantam o regime do “Terror”. Primeiro, eles mandam o rei, a rainha Maria Antonieta e milhares de monarquistas para a guilhotina. Um ano depois, são eles que têm suas cabeças cortadas no frenético processo político que culminou no fim da monarquia e na Proclamação da República. Este processo alucinante durou 10 anos e termina seu ciclo com a chegada de Napoleão como protagonista da cena política francesa.
Revolução Francesa de Max Gallo descreve a emoção, o perigo, o tumulto, o choque e o drama que circulavam pelas ruas de Paris a partir da tomada da Bastilha em 1789. É uma versão surpreendente do maior acontecimento da Idade Moderna, definidor do mundo atual. Preciso do ponto de vista histórico, ágil como uma reportagem e emocionante como um romance. (Ivan Pinheiro Machado)
* A Série “Relembrando um grande livro” estreia hoje no Blog L&PM e toda semana trará um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.