O grande Einstein um dia já foi pequeno

14 de março de 1879. Bahnhofstrasse, 135. Eis onde tudo começou. Conhece-se desse tempo somente o que a história familiar relatou. A surpresa quando ele saiu do ventre materno. Seu crânio tinha um aspecto tão anguloso que a própria mãe ficou impressionada. “Esse crânio tão grande, não é grave doutor? Nosso pequeno Albert não é… anormal? O médico mostrou-se tranquilizador. Já era o começo da lenda.

(…)

No número 135 da Bahnhofstrasse, ele soltou seu primeiro grito. Naquele grito anunciava uma mudança na ordem do mundo e dos planetas. Nem de alegria nem de tristeza, tampouco um grito de raiva. Apenas o sinal de que ele estava ali, presente no mundo, pronto para lutar pela vida que chegava, em condições de enfrentar seus próximos, do alto de seus cinquenta centímetros. Um grito para expresar que nada mais será como antes e que expira no tumulto e na alegria celebrada por um nascimento.

(…)

A família tem de deixar a cidade um ano mais tarde por razões financeiras e instalar-se em Munique, onde encontrará trabalho. Nenhuma outra lembrança de Ulm permanece ancorada em seu espírito. Nenhum instante de alegria vem despertar a nostalgia da casa natal.

(Trechos de Einstein, de Laurent Seksik, tradução de Rejane Janowitzer – Série Biografias L&PM. Segundo o livro, diante do número 135 da Bahnhofstrasse, na cidade de Ulm, ergue-se hoje uma escultura comemorativa: doze pedras verticais e doze horizontais, a ronda das horas do dia e da noite, dispostas em ângulo reto)

O pequeno Albert Einstein

O pequeno Albert Einstein

Albert e sua única irmã, Maja, nascida em 1881

Albert e sua única irmã, Maja, nascida em 1881

Albert, a irmã Maja e a mãe, Pauline Koch

Albert, a irmã Maja e a mãe, Pauline Koch

O jovem Albert já em pose de "gente importante"

O jovem Albert já em pose de “gente importante”

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