A escritora Claudia Tajes é citada numa matéria da revista inglesa Litro como uma das maiores escritoras brasileiras contemporâneas, na opinião do escritor e cineasta Vinicius Jatoba. O texto intitulado “Brazilian women are writing better than their male contemporaries now. Who to read and why.” (algo como “Mulheres brasileiras estão escrevendo melhor do que seus contemporâneos homens hoje. Quem ler e por quê”) funciona como um guia de leitura e, ao se referir à autora de Sangue quente e outros livros, diz o seguinte:
“Outra autora que se destaca, para mim, é Claudia Tajes, cujos romances e contos compõem o mais divertido e dramático panorama da sexualidade brasileira. Em suas obras, os homens estão perdidos em seus papéis masculinos típicos (‘Vida dura‘), e as mulheres vivem sua sexualidade na emoção de ir ao encontro de todas as possibilidades que a sociedade de consumo lhes oferece (‘Louca por homem‘). Longe da banalidade que o tema sugere, Tajes faz, com um humor agradável, análises sobre a solidão e a inadequação por trás da ‘liberdade’, que promete ser um bom negócio, mas acaba deixando vazios os gestos e as intenções. Uma das obras mais engraçadas e mais originais da literatura brasileira contemporânea, ‘A vida sexual da mulher feia‘, brinca com os nossos conceitos eróticos, acabando por subvertê-los completamente.”