A destruição de Camelot poderia ter começado com a Baía dos Porcos, quando John F. Kennedy fez de Fidel Castro um inimigo permanente e enfureceu a própria CIA.
Ou poderia ter começado naquela noite de outubro de 1962 quando JFK cortou relações com Sam Giacana, Frank Sinatra e a máfia, e não fez nada quando seu irmão Bobby combateu diligentemente o crime organizado.
O fim de Camelot poderia ter se originado na Crise dos Mísseis em Cuba, quando JFK obteve uma vitória diplomática decisiva sobre Nikita Khrushchev e o Império Soviético. Ao mesmo tempo, frustrou seus generais superiores e aquele que Dwight Eisenhower chamava de “complexo industrial” por se recusar a iniciar uma guerra. A destruição de Camelot poderia ter começado de várias maneiras. De fato, começa em 18 de novembro, quando o agente especial Winston G. Lawson, da equipe de reconhecimento do Serviço Secreto, Forrest V. Sorrels, da sucursal do Serviço Secreto em Dallas, e Jesse Curry, chefe da polícia de Dallas, dirigem por dezesseis quilômetros cuidadosamente selecionados de Love Field ao Trade Mart. “Inferno”, diz o agente especial Sorrels, olhando para as milhares de janelas acima deles, “seríamos um alvo fácil”.
Entretanto, os agentes decidem que este será o itinerário do comboio presidencial.
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Assim, quando os agentes especiais do Serviço Secreto escolhem o itinerário do presidente em 18 de novembro e divulgam essa informação para o público, qualquer um que queira causar dano ao presidente pode começar a planejar o lugar e a hora do ataque. Dito de outra forma: muitas pessoas gostariam de ver John F. Kennedy morto. Mas antes da segunda-feira, 18 de novembro, não existia nenhuma área em Dallas que fosse especialmente vulnerável a armas de fogo. Agora existe.
(Trecho de Os últimos dias de John F. Kennedy, livro de Bill O’Reilly & Martin Dugard que vendeu mais de 2 milhões nos EUA e acaba de sair no Brasil pela L&PM Editores)
A morte de Kennedy começa em 18 de novembro de 1963
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