A felicidade, por Aristóteles

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“Uma andorinha só não faz verão”. Provavelmente você deve pensar que essa frase é de William Shakespeare ou de algum outro  grande poeta. Até poderia ser. Mas na verdade ela é de um livro de Aristóteles chamado “Ética a Nicômaco”, que recebeu esse título por ser dedicado ao seu filho, Nicômaco. Aristóteles queria dizer que, para provar que o verão começou, é preciso mais de uma andorinha ou mais de um dia quente. Do mesmo modo, pequenos prazeres não representam a verdadeira felicidade. Para ele, a felicidade não passava de alegria momentânea. Surpreendentemente, ele  acreditava que as crianças não podiam ser felizes, o que parece um absurdo. Se as crianças não podem ser felizes, quem pode? No entanto, isso revela o quanto a sua visão de felicidade é diferente da nossa. As crianças estão apenas começando a viver e, por isso, não tiveram uma vida plena em nenhum sentido. A verdadeira felicidade, argumentava Aristóteles, exigia uma vida mais longa.

(trecho do capítulo 2 de Uma breve história da filosofia, de Nigel Warburton)

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