Logo ele que ria da morte, “um dia, mais dia menos dia, acaba o dia-a-dia”. Mas, em contrapartida, eu posso dizer que penso no Millôr todos os dias. Foram 37 anos de convivência, de 1974 até 2011. E vira e mexe eu me pego citando o Millôr. E assim, na prática, se vê a importância e o tamanho de Millôr Fernandes. Se admira a sua originalidade, sua genialidade, sua capacidade de verbalizar as coisas mais simples da forma mais inteligente, poética, brilhante e… simples. Hoje faz dois anos que morreu Millôr. Como não sentir falta de sua gentileza? Da sua intensa capacidade de falar coisas brilhantes, de sua enorme capacidade de calar para ouvir com profundo interesse seu interlocutor? “Só se morre uma vez. Mas é para sempre”, ele disse. Mas o seu legado como o amigo fiel, desenhista, pintor, poeta, humorista, escritor, dramaturgo, pensador, é inesquecível. (Ivan Pinheiro Machado)
Dois anos sem Millôr
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