Em Paris, exposição homenageia o Marquês de Sade nos 200 anos de sua morte

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Donatien Alphonse François de Sade, o eterno Marquês de Sade, morreu em 2 de dezembro de 1814. Ao longo de seus mais de 70 anos de vida, somou centenas de orgias, milhares de obscenidades e 11 prisões. Em uma de suas detenções, aos 45 anos, ele escreveu, durante 37 noites consecutivas, a obra que o faria célebre: Os 120 Dias de Sodoma. Gênio para muitos e depravado para outros tantos, o Marquês de Sade pode ser considerado o primeiro escritor underground da literatura. Para celebrar os 200 anos de sua morte, o Museu d’Orsay, em Paris, organizou uma grande exposição em sua homenagem que teve início na sexta-feira, 14 de novembro, e segue até 25 de janeiro de 2015.

“A natureza violenta de alguns trabalhos e documentos pode chocar alguns visitantes” avisa o texto sobre a exposição publicado no site do museu. Ou seja: nem pense em levar as crianças. Já para os que não têm medo nem pudores de ver pinturas, fotos, esculturas e escritos que misturam corpos a amarras, desejos a correntes e amor a ferocidade, abandonando a moral e os bons costumes em prol da arte, a visita é uma verdadeira descoberta do desvio, dos extremos, do bizarro e, por que não, do sublime. Entre as obras, estão trabalhos de Goya, Picasso, Géricault, Igres, Cézanne, Rodin, Kubin e Rops.

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Uma das salas da exposição

Do Marquês de Sade, a Coleção L&PM Pocket publica O marido complacente, Os crimes do amor e O corno de si mesmo.

 

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