Em busca do tempo perdido é a obra máxima de Marcel Proust. Publicada em sete volumes, três deles póstumos, ela traz a memória como o fio condutor do romance.
Outro tema recorrente é a homossexualidade. O narrador suspeita constantemente das relações de sua apaixonada com outras mulheres. E Charles Swann, a figura central de grande parte do primeiro volume, tem ciúmes da sua amante Odette (com quem mais tarde casará), que acaba por admitir ter realmente mantido relações sexuais com outras mulheres.
Na adaptação de Em busca do tempo perdido para o estilo mangá, que acaba de chegar à Coleção L&PM Pocket, isso aparece em várias páginas:
Além disso, alguns personagens secundários, como o Barão de Charlus são abertamente homossexuais, enquanto outros, como o grande amigo do narrador, Robert de Saint-Loup, são mais tarde apresentados como homossexuais não assumidos. O livro “The Columbia Anthology of Gay Literature”, publicado em 1998 pela Columbia University Press cita Em busca do tempo perdido como a obra que derrubou estereótipos: A monumental confrontação do tema da homossexualidade em “Em Busca do Tempo Perdido” mostrou aos leitores que a homossexualidade poderia ser mais que apenas um conjunto de atos lascivos de sodomitas ou de maneirismos afetados de homens obcecados em negar a sua masculinidade. Em vez disso, o romance de Proust apresentou a homossexualidade como um assunto complexo e multifacetado que, se examinado de perto, derrota todos os estereótipos.
A L&PM também publica Um amor de Swann, segunda parte de Em busca do tempo perdido.