Você já leu o austríaco Peter Handke, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2019? Se ainda não leu, sugerimos começar com o conto “O bufarinheiro”, escrito por ele e que faz parte do livro Escombros e Caprichos – O Melhor do conto alemão no século 20 (L&PM Editores, 2004), organizado por Rolf G. Renner e Marcelo Backes. Handke foi agraciado deste ano pelo trabalho influente, que “com engenhosidade linguística explorou as peripécias e especificidades da experiência humana”.
No final da coletânea de contos, há um glossário com todos os autores e o de Handke conta que ele “nasceu em Griffen, Kärnten, na Áustria, em 6 de dezembro de 1942. Em 1976, recebeu o prêmio Georg Büchner, e em 1979, o prêmio Kafka de Literatura, entre outros. Depois de um princípio crítico e experimental, Handke retrocederia aos aspectos privados e subjetivos da vida humana, manifestando um ideal de arte neorromântico, numa obra deliberadamente desconexa, às vezes. (…) Em ‘O bufarinheiro’, publicado em livro em 1967, Handke se ocupa de um de seus temas prediletos: o poder dos estereótipos linguísticos sobre a realidade. O vigor teatral — quase de opereta — do conto evidencia o caráter encenado da realidade…
O livro traz 54 brilhantes autores de língua alemã, sendo mais quatro vencedores do Nobel, além de Peter Handke: Thomas Mann (1929), Günter Grass (1929), Elfríede Jelinek (2004) e Hertan Müller (2009). Além deles, há nomes bem conhecidos como Franz Kafka, Bertold Brecht, Stefan Zweig e Friedrich Dürrenmatt.