“Você tem duas opções quando não consegue ouvir o que os outros dizem: ficar quieto, acenar com a cabeça, murmurar e sorrir, fingindo que ouve o que o seu interlocutor está dizendo, usando de vez em quando uma expressão de concordância, mas sempre correndo o risco de meter os pés pelas mãos com consequências desagradáveis; ou então tomar a iniciativa, ignorar as regras normais de turnos conversacionais e falar sem parar sobre o assunto que preferir, sem deixar nenhum espaço para o seu interlocutor, o que evita o problema de escutar e entender o que ele está dizendo.”
O trecho acima é apenas uma das situações vividas por Desmond Bates, personagem central do romance Surdo Mundo de David Lodge. Desmond, um homem de meia idade que tenta lidar com a incapacidade de distinguir os sons, não faz outra coisa que gerar confusão – para ele e para todos à sua volta.
Por que estamos falando de surdez? Ontem (26/09) foi o Dia nacional do deficiente auditivo e do surdo. O dia foi marcado por eventos que ressaltam a importância da inclusão do social e do ensino da linguagem de sinais (Libras).
Para quem mora ou está de passagem por São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) está com um evento especial: a Semana Cultural Sinais na Arte. A programação oferece exibição de filmes, oficina de fotografia e visitas guiadas. Todos os eventos são realizados em LIBRAS.
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