A agitação começou em 2 de maio de 1968. Quatro dias depois, no dia 6, 13 mil estudantes bateram de frente com a polícia. A partir daí, Paris virou um campo de batalha entre jovens que protestavam e policiais que tentava reprimir a massa. Foi um combate que teve a participação de intelectuais como Jean-Paul Sartre (na foto abaixo, entregando jornais durante as agitações) e que culminou numa greve geral com a participação de milhões de europeus.
O movimento que durou menos de um mês foi suficiente para eternizar o Maio de 68. Desde então, tornou-se impossível, por exemplo, escrever sobre a história de Paris sem tocar nesse episódio. A seguir, trechos de dois livros publicados pela L&PM Editores que falam sobre o assunto:
Paris: uma história, de Yvan Combeau – L&PM POCKET ENCYCLOPAEDIA
Em 1968, da Rue Gay-Lussac ao Odéon, da Sorbonne aos Champs-Élysée, os dias do mês de maio apresentaram uma agitação bastante parisiense. Após um primeiro ato nos edifícios da recém-fundada Universidade de Nanterre, o movimento dos estudantes transcorreu (dia e noite) nas ruas, nos bulevares e nos teatros da capital.
Paris – Biografia de uma cidade, de Colin Jones – L&PM EDITORES
“Esses acontecimentos começaram como um protesto contra as condições de superlotação e empobrecimento das universidades, mas acabaram se tornando um esforço de estudantes rebeldes de reviverem a tradição de militância nas ruas da Esquerda do século XIX. Durante várias semanas, revoltas e barricadas novamente tornaram-se característica principal da vida urbana parisiense, e o Quartier Latin transformou-se num campo de batalha entre estudantes arremessadores de pedras e policiais repressores de rebeliões. Os eventos de Maio de 68 também providenciaram um fórum para questionamentos fundamentais dos valores da sociedade capitalista e de seu consumismo emergente.