Maximilien Robespierre nasceu no dia 6 de maio de 1754 e morreu em 28 de julho de 1798. Foi, juntamente com Danton (1756-1794) e Marat (1743-1793), uma das figuras que personificaram a Revolução Francesa no seu lado mais radical. Robespierre foi a principal cabeça do golpe de 31 de maio de 1793 que suspendeu as garantias individuais e instituiu os julgamentos sumários para os suspeitos de serem contrarrevolucionários. Este período ficou célebre como “Terror” e durou quase um ano. Terminou no dia 24 de julho exatamente com a prisão de Robespierre. Ironicamente, ele foi guilhotinado quatro dias depois de um julgamento sumário, exatamente nos termos que havia instituído. Foi o último dos radicais a morrer no processo de autodestruição de líderes que a revolução sofreu na sua política interna – uns foram provocando a morte dos outros, com exceção de Marat, que foi apunhalado quando estava na banheira.
Maximilien foi advogado, pensador e dedicou sua vida à causa da revolução. Era místico e acreditava na influência de um “ser supremo”. Sua austeridade e dureza na condução dos negócios de estado lhe renderam o epíteto de “O incorruptível”. Sua morte simboliza o fim do período do “Terror”, quando a sociedade francesa já não suportava mais o macabro espetáculo diário da guilhotina ensanguentando a Place de la Revolution, que a partir da morte de Robespierre passou a chamar-se Place de la Concorde.